Porque é que uma frase do Banco do Japão faz tremer os mercados globais?
Porque é que, neste momento sensível, o índice de Xangai regista diariamente quedas em três a quatro mil ações, porque é que as finanças asiáticas estão por um fio, terá o Japão assim tanto poder?
"Este homem japonês vai causar problemas outra vez!" Nos últimos dias, é provável que os investidores nos mercados de capitais globais repitam esta frase para si próprios. O governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, lançou de repente um sinal de subida das taxas de juro, levando os três principais índices de ações dos EUA a afundarem em conjunto, com o Dow Jones a cair 427 pontos, e nem mesmo o mercado cripto escapou ileso. O cenário faz lembrar aquele vizinho que anuncia, de repente, que os juros dos depósitos vão duplicar — não será altura de reconsiderar onde tens o teu dinheiro?
Como o maior credor externo dos EUA, o Japão detém 1,2 biliões de dólares em dívida americana, um verdadeiro fio de espada de Dâmocles sobre os mercados globais. Quando o rendimento das obrigações japonesas a 10 anos disparou para 1,8%, o valor mais alto desde 2008, a pressão para o regresso de capitais ao Japão fez com que o rendimento das Treasuries americanas subisse diretamente para 4%. Este desalinhamento entre as políticas dos bancos centrais americano e japonês é como dois condutores a acelerar em sentidos opostos na autoestrada — um carrega no acelerador, o outro trava bruscamente, mais cedo ou mais tarde vai dar asneira.
Lembras-te do "pânico do tapering" em 2022? Na altura, bastou a Fed sugerir um aperto da política monetária para provocar a fuga em massa de capitais a nível global. Agora, a história repete-se, só que o protagonista é o Japão. Curiosamente, os tubarões de Wall Street mantêm-se calmos: dizem que as ações americanas já subiram 16% este ano e que uma correção até seria saudável. Mas será que os investidores comuns conseguem manter esta tranquilidade?
O rendimento das Treasuries americanas funciona como referência para os custos de empréstimos globais, e a sua volatilidade afeta diretamente créditos à habitação, empréstimos empresariais e muito mais. É como se estivesses a pagar o crédito da casa e, de repente, ouvisses que a taxa de referência vai subir — aquela sensação de "apertar a carteira" é algo que muitos conhecem. Neste tempo de incerteza, mais vale procurar ativamente ferramentas de mitigação de risco do que ficar à espera, passivamente, das oscilações do mercado.
Em última análise, o motivo pelo qual uma frase do Banco do Japão pode causar tanto alvoroço é que revela a fragilidade dos mercados de capitais globais. Neste mundo hiperligado, nenhum mercado está imune. Em vez de seres arrastado pelo mercado, mais vale preparares-te para fazer hedge ao risco — afinal, a oportunidade sorri sempre a quem está preparado. #日本加息 #Corte das taxas nos EUA #Nasdaq
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Porque é que uma frase do Banco do Japão faz tremer os mercados globais?
Porque é que, neste momento sensível, o índice de Xangai regista diariamente quedas em três a quatro mil ações, porque é que as finanças asiáticas estão por um fio, terá o Japão assim tanto poder?
"Este homem japonês vai causar problemas outra vez!" Nos últimos dias, é provável que os investidores nos mercados de capitais globais repitam esta frase para si próprios. O governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, lançou de repente um sinal de subida das taxas de juro, levando os três principais índices de ações dos EUA a afundarem em conjunto, com o Dow Jones a cair 427 pontos, e nem mesmo o mercado cripto escapou ileso. O cenário faz lembrar aquele vizinho que anuncia, de repente, que os juros dos depósitos vão duplicar — não será altura de reconsiderar onde tens o teu dinheiro?
Como o maior credor externo dos EUA, o Japão detém 1,2 biliões de dólares em dívida americana, um verdadeiro fio de espada de Dâmocles sobre os mercados globais. Quando o rendimento das obrigações japonesas a 10 anos disparou para 1,8%, o valor mais alto desde 2008, a pressão para o regresso de capitais ao Japão fez com que o rendimento das Treasuries americanas subisse diretamente para 4%. Este desalinhamento entre as políticas dos bancos centrais americano e japonês é como dois condutores a acelerar em sentidos opostos na autoestrada — um carrega no acelerador, o outro trava bruscamente, mais cedo ou mais tarde vai dar asneira.
Lembras-te do "pânico do tapering" em 2022? Na altura, bastou a Fed sugerir um aperto da política monetária para provocar a fuga em massa de capitais a nível global. Agora, a história repete-se, só que o protagonista é o Japão. Curiosamente, os tubarões de Wall Street mantêm-se calmos: dizem que as ações americanas já subiram 16% este ano e que uma correção até seria saudável. Mas será que os investidores comuns conseguem manter esta tranquilidade?
O rendimento das Treasuries americanas funciona como referência para os custos de empréstimos globais, e a sua volatilidade afeta diretamente créditos à habitação, empréstimos empresariais e muito mais. É como se estivesses a pagar o crédito da casa e, de repente, ouvisses que a taxa de referência vai subir — aquela sensação de "apertar a carteira" é algo que muitos conhecem. Neste tempo de incerteza, mais vale procurar ativamente ferramentas de mitigação de risco do que ficar à espera, passivamente, das oscilações do mercado.
Em última análise, o motivo pelo qual uma frase do Banco do Japão pode causar tanto alvoroço é que revela a fragilidade dos mercados de capitais globais. Neste mundo hiperligado, nenhum mercado está imune. Em vez de seres arrastado pelo mercado, mais vale preparares-te para fazer hedge ao risco — afinal, a oportunidade sorri sempre a quem está preparado. #日本加息 #Corte das taxas nos EUA #Nasdaq