mas a redução de juros é realmente uma boa notícia para o mercado de ações ou um sinal de risco? A resposta não é simples, depende do ciclo económico, das expectativas do mercado e da eficácia das políticas.
Sinais económicos por trás da redução de juros
A Federal Reserve dos EUA optou por reduzir os juros, refletindo mudanças na trajetória de crescimento económico. A taxa de desemprego subiu de 3,80% em março de 2024 para 4,30% em julho, acionando sinais de alerta de recessão. Ao mesmo tempo, o PMI da indústria manufatureira do ISM permaneceu cinco meses consecutivos na zona de contração, levando a Fed a revisar para baixo a previsão de crescimento do PIB deste ano de 2,1% para 2,0%.
Neste contexto, o banco central tende a optar por reduzir os juros nas seguintes situações:
Quando o crescimento económico é fraco, a redução de juros diminui o custo de financiamento das empresas, estimulando consumo e investimento. Com custos de empréstimo mais baixos, a vontade de grandes compras, como imóveis e automóveis, aumenta, impulsionando o crescimento económico.
Quando há risco de deflação, a redução das taxas aumenta a oferta monetária, acelera a circulação de dinheiro e estabiliza os preços.
Quando o sistema financeiro enfrenta crise de liquidez, o banco central reduz os juros para fornecer liquidez suficiente e evitar aperto de crédito.
Quando há choques externos na economia, como desaceleração global ou aumento de tensões comerciais, a redução de juros serve como ferramenta para fortalecer a resiliência económica.
Como o mercado de ações reage à redução de juros nos EUA?
Dados históricos são as melhores referências. Vickie Chang, estrategista macro da Goldman Sachs, aponta que desde meados dos anos 1980, a Fed implementou 10 ciclos de redução de juros. Quatro desses ciclos estiveram associados a recessões, enquanto seis ocorreram sem recessão. A principal diferença: quando a Fed consegue evitar a recessão, o mercado de ações costuma subir; quando não consegue, tende a cair.
Vamos revisar os quatro ciclos de redução de juros desde 2000 e seu desempenho no mercado:
2001-2002: bolha da internet estourou, redução de juros não evitou a crise
Diante da desaceleração do crescimento e do estouro da bolha tecnológica, a Fed iniciou cortes em janeiro de 2001. Contudo, as expectativas de lucros das empresas foram fortemente revisadas para baixo, as ações de tecnologia estavam supervalorizadas e a confiança do mercado se desfez.
Os números não mentem: o índice Nasdaq caiu de 5048 pontos em março de 2000 para 1114 pontos em outubro de 2002, uma queda de 78%; o S&P 500 caiu de 1520 pontos para 777 pontos, uma redução de cerca de 49%. Mesmo com cortes frequentes de juros, o pessimismo prevale.
2007-2008: crise financeira, política monetária ineficaz
Entre 2004 e 2006, a Fed elevou as taxas de juros de 1% para 5,25%, para conter o superaquecimento do mercado imobiliário. Mas em setembro de 2007, a crise do subprime explodiu, bancos colapsaram e o mercado de crédito congelou.
Apesar de cortes de emergência, a economia entrou em recessão: a taxa de desemprego subiu, houve ondas de falências corporativas e redução do consumo. O S&P 500 despencou de 1565 pontos em outubro de 2007 para 676 pontos em março de 2009, uma queda de quase 57%; o Dow Jones caiu de 14164 pontos para 6547, uma redução de aproximadamente 54%. Desta vez, os cortes de juros tiveram efeito limitado.
2019: cortes preventivos, impulso ao mercado de ações
Em julho de 2019, preocupada com a desaceleração global e as incertezas comerciais, a Fed adotou cortes preventivos. O mercado interpretou como sinal de apoio à continuidade da expansão económica.
Na mesma época, os lucros das empresas permaneceram estáveis, o setor de tecnologia mostrou forte dinamismo, e as negociações comerciais entre EUA e China avançaram. Como foi o resultado? O S&P 500 subiu cerca de 29% no ano, de 2507 para 3230 pontos; o Nasdaq avançou 35%, de 6635 para 8973 pontos. Desta vez, a redução de juros trouxe um verdadeiro mercado de alta.
2020: impacto da pandemia e medidas não convencionais de estímulo
A pandemia de COVID-19 eclodiu, paralisando as atividades econômicas globais. O S&P 500 caiu de 3386 pontos em fevereiro para 2237 pontos em março, uma queda de 34%.
A Fed rapidamente lançou duas reduções de juros de emergência em março, levando a taxa para 0-0,25%, além de iniciar o flexibilização quantitativa. A injeção maciça de liquidez, o avanço no desenvolvimento de vacinas e as expectativas de recuperação econômica impulsionaram a recuperação do mercado. O S&P 500 voltou a subir até 3756 pontos no final do ano, com alta de 16%; o Nasdaq subiu 44%. Desta vez, as políticas não convencionais salvaram o mercado.
A tabela abaixo mostra os dados comparativos dos ciclos de redução de juros:
Ano
Data de início da redução
Posição inicial do S&P 500
Variação em 1 ano
Variação do PIB
2001
3 de janeiro
1283 pontos
-17%
De 1% para -0,3%
2007
18 de setembro
1476 pontos
-42%
De 1,9% para -0,1%
2019
31 de julho
2980 pontos
+8%
Estável em 2,2%
2020
3 de março
3090 pontos
+16%
De 2,3% para -3,5%
Quem ganha com a redução de juros?
O impacto da redução de juros varia bastante entre setores, influenciando as oportunidades de investimento.
As ações de tecnologia são as maiores beneficiadas. O ambiente de juros baixos aumenta o valor presente do fluxo de caixa futuro das empresas de tecnologia, além de reduzir os custos de financiamento, incentivando inovação e expansão. Dados históricos mostram que, no ciclo de cortes de 2019, as ações de tecnologia subiram 25%, e em 2020, durante a redução de emergência, avançaram 50%. Em contraste, em 2001, após o estouro da bolha, as ações de tecnologia caíram 5%, e na crise de 2008, despencaram 25%.
Setores de consumo não essencial e saúde tiveram desempenho sólido. A redução de juros aumenta o poder de compra dos consumidores, estimulando o consumo discricionário. Em 2019, esses setores subiram 18% e 12%, respectivamente, e em 2020, atingiram picos de 40% e 25%.
As ações financeiras apresentam comportamento mais “confuso”. No início da redução, a compressão do spread bancário pode diminuir os lucros. Em 2001, as ações financeiras subiram cerca de 8%, mas na crise de 2008, despencaram 40%. Com a expectativa de recuperação econômica, tendem a se recuperar, como em 2019 e 2020, com altas de 15% e 10%.
As ações de energia são as mais voláteis. O crescimento econômico aumenta a demanda por energia, mas a volatilidade dos preços do petróleo e fatores geopolíticos criam incertezas. Em 2019, subiram apenas 5%, e em 2020, caíram 5%, enquanto em 2001, tiveram alta de 9%.
A performance setorial comparativa é a seguinte:
Setor
2001
2007-2008
2019
2020
Tecnologia
-5%
-25%
25%
50%
Financeiro
8%
-40%
15%
10%
Saúde
10%
-12%
12%
25%
Consumo não essencial
4%
-28%
18%
40%
Energia
9%
-20%
5%
-5%
Como entender o ritmo de redução de juros nos EUA em 2024?
De acordo com o calendário divulgado pela Federal Reserve, ainda há duas reuniões importantes em 2024: 7 de novembro e 18 de dezembro. O presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou em 30 de setembro que não há pressa para reduzir os juros rapidamente, prevendo mais duas reduções ao longo do ano, totalizando 50 pontos-base.
O consenso do mercado é que, nessas reuniões, a redução será de 25 pontos-base cada, mas os investidores devem acompanhar de perto os dados econômicos — se o mercado de trabalho piorar ou a manufatura continuar contraindo, o ritmo de cortes pode acelerar; caso contrário, pode permanecer inalterado.
A faca de dois gumes da redução de juros: benefícios e riscos
Benefícios económicos da redução de juros: custos de empréstimo mais baixos incentivam consumidores e empresas a gastar mais no futuro. Para famílias e empresas endividadas, a carga de juros diminui, melhorando o fluxo de caixa. O sistema financeiro recebe liquidez, reduzindo riscos sistêmicos.
Riscos potenciais da redução de juros: cortes excessivos podem gerar bolhas de ativos, com juros baixos incentivando endividamento excessivo, levando a uma maior alavancagem de famílias e empresas a longo prazo. Se a economia não se recuperar como esperado, a liquidez gerada pode alimentar pressões inflacionárias, criando um cenário de estagflação.
O consenso atual é de um “soft landing”, mas há alertas de que custos de energia mais altos, greves portuárias e riscos geopolíticos podem ser mais severos do que o previsto. A pesquisa mais recente do MLIVPulse mostra que 60% dos entrevistados confiam na performance do mercado de ações no quarto trimestre, enquanto 59% preferem mercados emergentes; ativos tradicionais de proteção, como títulos do Tesouro dos EUA e o dólar, estão em baixa.
Em resumo, o impacto da redução de juros nos EUA no mercado de ações depende de se ela realmente estimulará a recuperação económica. Se os lucros das empresas se mantiverem ou crescerem, o mercado reagirá positivamente; se a recessão for inevitável, a redução de juros não será suficiente. O mais importante agora é selecionar setores e ativos com maior potencial de crescimento em um ambiente de juros baixos.
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Ciclo de redução de juros nos EUA: o mercado de ações vai subir ou cair? Um artigo para entender as oportunidades em diversos setores
9月18日,美國聯准會宣佈首次降息50個基點,將聯邦基金利率調至4.75%-5.00%,這是2020年疫情以來的首次下調政策利率。這一決策標誌著美國金融政策從緊縮轉向寬鬆,對全球資產配置產生深遠影響。
mas a redução de juros é realmente uma boa notícia para o mercado de ações ou um sinal de risco? A resposta não é simples, depende do ciclo económico, das expectativas do mercado e da eficácia das políticas.
Sinais económicos por trás da redução de juros
A Federal Reserve dos EUA optou por reduzir os juros, refletindo mudanças na trajetória de crescimento económico. A taxa de desemprego subiu de 3,80% em março de 2024 para 4,30% em julho, acionando sinais de alerta de recessão. Ao mesmo tempo, o PMI da indústria manufatureira do ISM permaneceu cinco meses consecutivos na zona de contração, levando a Fed a revisar para baixo a previsão de crescimento do PIB deste ano de 2,1% para 2,0%.
Neste contexto, o banco central tende a optar por reduzir os juros nas seguintes situações:
Quando o crescimento económico é fraco, a redução de juros diminui o custo de financiamento das empresas, estimulando consumo e investimento. Com custos de empréstimo mais baixos, a vontade de grandes compras, como imóveis e automóveis, aumenta, impulsionando o crescimento económico.
Quando há risco de deflação, a redução das taxas aumenta a oferta monetária, acelera a circulação de dinheiro e estabiliza os preços.
Quando o sistema financeiro enfrenta crise de liquidez, o banco central reduz os juros para fornecer liquidez suficiente e evitar aperto de crédito.
Quando há choques externos na economia, como desaceleração global ou aumento de tensões comerciais, a redução de juros serve como ferramenta para fortalecer a resiliência económica.
Como o mercado de ações reage à redução de juros nos EUA?
Dados históricos são as melhores referências. Vickie Chang, estrategista macro da Goldman Sachs, aponta que desde meados dos anos 1980, a Fed implementou 10 ciclos de redução de juros. Quatro desses ciclos estiveram associados a recessões, enquanto seis ocorreram sem recessão. A principal diferença: quando a Fed consegue evitar a recessão, o mercado de ações costuma subir; quando não consegue, tende a cair.
Vamos revisar os quatro ciclos de redução de juros desde 2000 e seu desempenho no mercado:
2001-2002: bolha da internet estourou, redução de juros não evitou a crise
Diante da desaceleração do crescimento e do estouro da bolha tecnológica, a Fed iniciou cortes em janeiro de 2001. Contudo, as expectativas de lucros das empresas foram fortemente revisadas para baixo, as ações de tecnologia estavam supervalorizadas e a confiança do mercado se desfez.
Os números não mentem: o índice Nasdaq caiu de 5048 pontos em março de 2000 para 1114 pontos em outubro de 2002, uma queda de 78%; o S&P 500 caiu de 1520 pontos para 777 pontos, uma redução de cerca de 49%. Mesmo com cortes frequentes de juros, o pessimismo prevale.
2007-2008: crise financeira, política monetária ineficaz
Entre 2004 e 2006, a Fed elevou as taxas de juros de 1% para 5,25%, para conter o superaquecimento do mercado imobiliário. Mas em setembro de 2007, a crise do subprime explodiu, bancos colapsaram e o mercado de crédito congelou.
Apesar de cortes de emergência, a economia entrou em recessão: a taxa de desemprego subiu, houve ondas de falências corporativas e redução do consumo. O S&P 500 despencou de 1565 pontos em outubro de 2007 para 676 pontos em março de 2009, uma queda de quase 57%; o Dow Jones caiu de 14164 pontos para 6547, uma redução de aproximadamente 54%. Desta vez, os cortes de juros tiveram efeito limitado.
2019: cortes preventivos, impulso ao mercado de ações
Em julho de 2019, preocupada com a desaceleração global e as incertezas comerciais, a Fed adotou cortes preventivos. O mercado interpretou como sinal de apoio à continuidade da expansão económica.
Na mesma época, os lucros das empresas permaneceram estáveis, o setor de tecnologia mostrou forte dinamismo, e as negociações comerciais entre EUA e China avançaram. Como foi o resultado? O S&P 500 subiu cerca de 29% no ano, de 2507 para 3230 pontos; o Nasdaq avançou 35%, de 6635 para 8973 pontos. Desta vez, a redução de juros trouxe um verdadeiro mercado de alta.
2020: impacto da pandemia e medidas não convencionais de estímulo
A pandemia de COVID-19 eclodiu, paralisando as atividades econômicas globais. O S&P 500 caiu de 3386 pontos em fevereiro para 2237 pontos em março, uma queda de 34%.
A Fed rapidamente lançou duas reduções de juros de emergência em março, levando a taxa para 0-0,25%, além de iniciar o flexibilização quantitativa. A injeção maciça de liquidez, o avanço no desenvolvimento de vacinas e as expectativas de recuperação econômica impulsionaram a recuperação do mercado. O S&P 500 voltou a subir até 3756 pontos no final do ano, com alta de 16%; o Nasdaq subiu 44%. Desta vez, as políticas não convencionais salvaram o mercado.
A tabela abaixo mostra os dados comparativos dos ciclos de redução de juros:
Quem ganha com a redução de juros?
O impacto da redução de juros varia bastante entre setores, influenciando as oportunidades de investimento.
As ações de tecnologia são as maiores beneficiadas. O ambiente de juros baixos aumenta o valor presente do fluxo de caixa futuro das empresas de tecnologia, além de reduzir os custos de financiamento, incentivando inovação e expansão. Dados históricos mostram que, no ciclo de cortes de 2019, as ações de tecnologia subiram 25%, e em 2020, durante a redução de emergência, avançaram 50%. Em contraste, em 2001, após o estouro da bolha, as ações de tecnologia caíram 5%, e na crise de 2008, despencaram 25%.
Setores de consumo não essencial e saúde tiveram desempenho sólido. A redução de juros aumenta o poder de compra dos consumidores, estimulando o consumo discricionário. Em 2019, esses setores subiram 18% e 12%, respectivamente, e em 2020, atingiram picos de 40% e 25%.
As ações financeiras apresentam comportamento mais “confuso”. No início da redução, a compressão do spread bancário pode diminuir os lucros. Em 2001, as ações financeiras subiram cerca de 8%, mas na crise de 2008, despencaram 40%. Com a expectativa de recuperação econômica, tendem a se recuperar, como em 2019 e 2020, com altas de 15% e 10%.
As ações de energia são as mais voláteis. O crescimento econômico aumenta a demanda por energia, mas a volatilidade dos preços do petróleo e fatores geopolíticos criam incertezas. Em 2019, subiram apenas 5%, e em 2020, caíram 5%, enquanto em 2001, tiveram alta de 9%.
A performance setorial comparativa é a seguinte:
Como entender o ritmo de redução de juros nos EUA em 2024?
De acordo com o calendário divulgado pela Federal Reserve, ainda há duas reuniões importantes em 2024: 7 de novembro e 18 de dezembro. O presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou em 30 de setembro que não há pressa para reduzir os juros rapidamente, prevendo mais duas reduções ao longo do ano, totalizando 50 pontos-base.
O consenso do mercado é que, nessas reuniões, a redução será de 25 pontos-base cada, mas os investidores devem acompanhar de perto os dados econômicos — se o mercado de trabalho piorar ou a manufatura continuar contraindo, o ritmo de cortes pode acelerar; caso contrário, pode permanecer inalterado.
A faca de dois gumes da redução de juros: benefícios e riscos
Benefícios económicos da redução de juros: custos de empréstimo mais baixos incentivam consumidores e empresas a gastar mais no futuro. Para famílias e empresas endividadas, a carga de juros diminui, melhorando o fluxo de caixa. O sistema financeiro recebe liquidez, reduzindo riscos sistêmicos.
Riscos potenciais da redução de juros: cortes excessivos podem gerar bolhas de ativos, com juros baixos incentivando endividamento excessivo, levando a uma maior alavancagem de famílias e empresas a longo prazo. Se a economia não se recuperar como esperado, a liquidez gerada pode alimentar pressões inflacionárias, criando um cenário de estagflação.
O consenso atual é de um “soft landing”, mas há alertas de que custos de energia mais altos, greves portuárias e riscos geopolíticos podem ser mais severos do que o previsto. A pesquisa mais recente do MLIVPulse mostra que 60% dos entrevistados confiam na performance do mercado de ações no quarto trimestre, enquanto 59% preferem mercados emergentes; ativos tradicionais de proteção, como títulos do Tesouro dos EUA e o dólar, estão em baixa.
Em resumo, o impacto da redução de juros nos EUA no mercado de ações depende de se ela realmente estimulará a recuperação económica. Se os lucros das empresas se mantiverem ou crescerem, o mercado reagirá positivamente; se a recessão for inevitável, a redução de juros não será suficiente. O mais importante agora é selecionar setores e ativos com maior potencial de crescimento em um ambiente de juros baixos.