Uma batalha legal sobre as regras do comércio global está a desenrolar-se em Washington, e os protagonistas são a Suprema Corte dos EUA e a armadilha de tarifas que provocou uma agitação global.
O debate no tribunal de quarta-feira durou duas horas e meia, e a atmosfera foi surpreendentemente descontraída - até os juízes da Suprema Corte, normalmente sérios, riram. Mas por trás das risadas, há uma luta que envolve centenas de bilhões de dólares e os limites do poder presidencial.
O Chefe da Justiça Roberts abordou diretamente a questão central: "Isto é, na essência, um imposto sobre o povo americano, e o poder de tributar sempre foi território do Congresso." Suas palavras revelam uma atitude conservadora clara. Mais notável ainda, o juiz Gorsuch também sinalizou a possibilidade de votar contra, enquanto a juíza Barrett fez questionamentos incisivos aos advogados de ambas as partes - estes três são figuras-chave no campo conservador.
Do outro lado, os três juízes liberais Kagan, Sotomayor e Jackson também expressaram dúvidas sobre a legitimidade deste sistema de tarifas. Contando, as vozes de questionamento já ocupam a maioria dos assentos do tribunal.
O foco da controvérsia é o plano de tarifas do "Dia da Libertação" lançado em 2 de abril deste ano - que impõe taxas de 10% a 50% sobre produtos importados, dependendo da origem. A justificativa oficial é corrigir o longo déficit comercial, mas o impacto real afeta a cadeia de suprimentos global. Além disso, as chamadas "taxas especiais de controle de contrabando de fentanil" aplicadas a países como o Canadá e o México também foram incluídas na revisão.
Se o Supremo Tribunal decidir contra, as consequências serão em cadeia: o governo pode precisar devolver mais de cem bilhões de dólares em impostos já cobrados, a pressão tarifária sobre os importadores americanos será liberada instantaneamente, e o impacto mais profundo será — isso se tornará uma forte correção do sistema judicial em relação à expansão do poder executivo.
Tendo em conta o calendário de audiências aceleradas estabelecido pelo tribunal, o resultado do julgamento poderá ser conhecido ainda este ano. Para os participantes do mercado global, este julgamento não só diz respeito aos custos comerciais, mas também afetará o fluxo de capital transfronteiriço e a lógica de precificação de ativos de risco. Afinal, neste altamente interconectado sistema financeiro, qualquer mudança de política de uma superpotência económica pode desencadear reações em cadeia.
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ProbablyNothing
· 5h atrás
Esta carne é um pouco grande.
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DegenWhisperer
· 5h atrás
Que chatice, se tudo desmoronar, que se lixe.
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SchrödingersNode
· 5h atrás
Milhares de milhões em reembolsos fiscais, deixaram os americanos felizes, hein?
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MetaverseLandlord
· 5h atrás
A mágica tia que negocia ações e criptomoedas, estuda gráficos todos os dias, ama, fala e não tem medo de perder dinheiro.
Uma batalha legal sobre as regras do comércio global está a desenrolar-se em Washington, e os protagonistas são a Suprema Corte dos EUA e a armadilha de tarifas que provocou uma agitação global.
O debate no tribunal de quarta-feira durou duas horas e meia, e a atmosfera foi surpreendentemente descontraída - até os juízes da Suprema Corte, normalmente sérios, riram. Mas por trás das risadas, há uma luta que envolve centenas de bilhões de dólares e os limites do poder presidencial.
O Chefe da Justiça Roberts abordou diretamente a questão central: "Isto é, na essência, um imposto sobre o povo americano, e o poder de tributar sempre foi território do Congresso." Suas palavras revelam uma atitude conservadora clara. Mais notável ainda, o juiz Gorsuch também sinalizou a possibilidade de votar contra, enquanto a juíza Barrett fez questionamentos incisivos aos advogados de ambas as partes - estes três são figuras-chave no campo conservador.
Do outro lado, os três juízes liberais Kagan, Sotomayor e Jackson também expressaram dúvidas sobre a legitimidade deste sistema de tarifas. Contando, as vozes de questionamento já ocupam a maioria dos assentos do tribunal.
O foco da controvérsia é o plano de tarifas do "Dia da Libertação" lançado em 2 de abril deste ano - que impõe taxas de 10% a 50% sobre produtos importados, dependendo da origem. A justificativa oficial é corrigir o longo déficit comercial, mas o impacto real afeta a cadeia de suprimentos global. Além disso, as chamadas "taxas especiais de controle de contrabando de fentanil" aplicadas a países como o Canadá e o México também foram incluídas na revisão.
Se o Supremo Tribunal decidir contra, as consequências serão em cadeia: o governo pode precisar devolver mais de cem bilhões de dólares em impostos já cobrados, a pressão tarifária sobre os importadores americanos será liberada instantaneamente, e o impacto mais profundo será — isso se tornará uma forte correção do sistema judicial em relação à expansão do poder executivo.
Tendo em conta o calendário de audiências aceleradas estabelecido pelo tribunal, o resultado do julgamento poderá ser conhecido ainda este ano. Para os participantes do mercado global, este julgamento não só diz respeito aos custos comerciais, mas também afetará o fluxo de capital transfronteiriço e a lógica de precificação de ativos de risco. Afinal, neste altamente interconectado sistema financeiro, qualquer mudança de política de uma superpotência económica pode desencadear reações em cadeia.