Os problemas do mercado de crédito tradicional, na verdade, nunca foram resolvidos.

Quer emprestar dinheiro? Primeiro verifica a identidade, depois o endereço, e por último aguarda a aprovação manual — este processo é tão lento quanto um carro antigo, e ainda exclui centenas de milhões de pessoas com bom crédito em todo o mundo. Por quê? Porque o seu passaporte não é válido, o seu código postal não serve, ou simplesmente não tem oportunidade de provar quem é.

Ainda mais absurdo é que essas instituições centralizadas detêm o poder de definir preços e aprovar empréstimos, com processos pouco transparentes e uma eficiência tão baixa que chega a ser revoltante. Taxa de utilização de fundos? Nem se fala. O tomador de empréstimo não consegue acesso ao dinheiro, o investidor não consegue obter retorno, e os intermediários enchem os bolsos.

Essas falhas sistêmicas não são problemas tecnológicos, mas estruturais. Quando o serviço de crédito é monopolizado por poucas instituições, as fronteiras geográficas se tornam barreiras financeiras, e a verificação de identidade vira uma barreira de entrada — o mercado entra em colapso.

A emergência das finanças descentralizadas é justamente uma resposta a esse modelo ineficiente.