Flutterwave muda o foco para Ruanda em meio às dificuldades contínuas no Quénia, o centro da África Oriental

A Flutterwave está a direcionar a sua atenção para Ruanda enquanto procura estabelecer um centro central para operações de pagamento na região do Leste de África, indicam relatos.

De acordo com notícias na imprensa em abril de 2023, Oluwabankole Falade, o Diretor de Regulamentação e Relações Governamentais da Flutterwave, expressou a dedicação da empresa em abrir um escritório no Quénia e designá-lo como o centro regional para as suas operações.

No entanto, a Flutterwave enfrentou desafios na obtenção de uma licença de fornecedor de pagamentos no Quénia devido a uma série de processos judiciais e alegações de branqueamento de capitais.

A Flutterwave negou as alegações e refutou qualquer envolvimento em branqueamento de capitais. Embora algumas das ações judiciais contra a empresa tenham sido retiradas, ainda existem processos legais em andamento que estão a avançar pelo sistema judicial do Quénia.

Em março de 2023, a Flutterwave anunciou que tinha adquirido com sucesso as licenças de Emissor de Dinheiro Eletrónico (EMI) e de Remessas em Ruanda. Estas licenças permitem à Flutterwave manter fundos em carteiras, semelhantes aos fornecedores de dinheiro móvel, e facilitar também transações transfronteiriças.

Ruanda foi também o primeiro país onde a fintech obteve uma licença de fornecedor de serviços de pagamento fora da Nigéria, em 2019.

“Ruanda é importante para nós porque é um dos poucos mercados onde temos todas as licenças que se pode imaginar,” disse Olugbenga Agboola, CEO da Flutterwave.

“Temos planos de estabelecer um centro de operações financeiras em Ruanda, de onde todas as nossas liquidações na região irão partir. Todos nos apoiaram para fazer isso acontecer. Portanto, faz sentido colocar algo neste mercado e expandir a partir daqui,” afirmou Agboola.

“Não se trata do tamanho do mercado, mas da prontidão do mercado. Eles estão prontos aqui.”

Embora reconheça que Ruanda é um mercado relativamente pequeno, Agboola, o CEO da Flutterwave, reconhece as aspirações do país de se tornar um destino líder para a gestão de fundos de investimento estrangeiro na África.