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O segredo dos cofres das bancas centrais globais: o jogo de poder por trás de 81.000 toneladas de ouro

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Você já pensou em quanto ouro os bancos centrais de diferentes países possuem? Não se trata de ativos virtuais, mas de ouro de verdade, que pode ser usado para acabar com alguém de uma só vez. Recentemente, com o aumento da pressão inflacionária e dos riscos geopolíticos, os bancos centrais voltaram a acumular ouro de forma frenética. Vamos explorar a história por trás do ranking de reservas de ouro.

Por que os bancos centrais insistem em manter ouro?

Resumidamente, o ouro é como uma “caixa-forte” para os bancos centrais — uma proteção contra a inflação, uma defesa contra riscos e uma forma de estabilizar a moeda. Especialmente numa era em que o domínio do dólar está sendo questionado, o ouro virou uma “arma de proteção” para os bancos centrais. Segundo a World Gold Council, até o final de 2020, as compras de ouro pelos bancos centrais atingiram o maior nível em 50 anos. Ou seja, os bancos centrais do mundo todo estão “correndo” atrás do ouro.

Os 10 maiores detentores de reservas de ouro do mundo

1º lugar: Estados Unidos - 8.133,53 toneladas

Só os EUA possuem mais de um quarto de todo o ouro do mundo, com 4.763,8 toneladas a mais que a Alemanha, que fica em segundo lugar. É praticamente um “Império do Ouro”. Mas há um problema: a transparência das reservas de ouro dos EUA é questionável. Há rumores de que os documentos que comprovam a autenticidade do ouro em Fort Knox e na Reserva de Nova York foram perdidos. Além disso, há dúvidas sobre a qualidade do ouro — a maior parte foi adquirida há décadas e, se fosse fundida em barras de 24 quilates, a quantidade poderia ser bem menor. Em certa medida, isso revela uma fragilidade no poder dos EUA.

2º lugar: Alemanha - 3.355,14 toneladas

Interessante notar que o ouro da Alemanha está disperso em três locais: Frankfurt, Nova York e Londres. Isso remonta à Guerra Fria, quando, por segurança, o ouro foi transferido para aliados. Em 2013, o Banco Central da Alemanha anunciou que iria recuperar mais de 40% do ouro. Essa decisão foi vista como uma desconfiança dos EUA e uma tentativa de trazer de volta o ouro para casa. Hoje, o Banco Central alemão até exibe parte do ouro no Museu Monetário de Frankfurt, com maior transparência do que os EUA.

3º lugar: Itália - 2.451,86 toneladas

A reserva de ouro da Itália permaneceu estável em torno de 2.451,86 toneladas desde 1999, uma estabilidade que funciona como uma âncora em tempos de turbulência econômica na Europa.

4º lugar: França - 2.436,34 toneladas

A França já foi mais bem posicionada, mas em 2004, o então ministro da Economia do Banco Central, Sarkozy, decidiu vender 20% de suas reservas de ouro para pagar dívidas. Hoje, o ouro francês está guardado no Banco da França, consolidando sua posição como um grande detentor de ouro na Europa.

5º lugar: Rússia - 2.332 toneladas

A Rússia tem aumentado suas reservas de ouro de forma significativa nos últimos dez anos. Por quê? Primeiramente, por causa da estratégia de “desdolarização” de Putin. Além disso, após a guerra na Ucrânia e as sanções internacionais, o rublo se desvalorizou, e o ouro ganhou ainda mais importância. A Rússia é também o terceiro maior produtor de ouro do mundo, produzindo e armazenando seu próprio ouro.

6º lugar: China - 2.010,51 toneladas

O governo chinês declara possuir cerca de 2.010 toneladas de ouro, mas há dúvidas sobre a veracidade desse número. Entre 2000 e 2015, a China não divulgou suas reservas de ouro por muito tempo. Recentemente, tem atualizado os números com mais frequência. Muitos suspeitam que a quantidade real seja bem maior, tornando-se uma espécie de símbolo de poder — “vocês não sabem a verdade, e assim eu ganho”.

7º lugar: Suíça - 1.040,01 toneladas

Embora a Suíça não seja uma das maiores detentoras de ouro, ela ocupa uma posição especial como “seguro de ouro internacional”. Muitos países armazenam ouro em cofres suíços. Cerca de 70% do ouro suíço está na Swiss National Bank, 20% no Banco da Inglaterra e 10% no Canadá. Diversificar os locais de armazenamento é uma estratégia inteligente.

8º lugar: Japão - 845,98 toneladas

As reservas de ouro do Japão não mudaram muito nos últimos anos. Curiosamente, o Banco do Japão parece dar mais atenção às reservas em dólares do que ao ouro, refletindo sua confiança na moeda americana e no iene.

9º lugar: Índia - 787 toneladas

Apesar de não possuir uma quantidade enorme de ouro, a Índia tem uma estratégia de acumulação sólida. No ano passado, aumentou suas reservas em apenas 6 toneladas, mas, para um grande consumidor de ouro como a Índia, isso é um sinal de mudança de política — o banco central também começou a acumular ouro. Mais da metade do ouro na Índia é de propriedade do próprio país, enquanto o restante está no Banco da Inglaterra e na Basileia, na Suíça.

10º lugar: Países Baixos - 612 toneladas

Os Países Baixos entraram no top 10 após reduzir suas reservas na Turquia, que diminuiu bastante suas reservas de ouro nos últimos anos. Curiosamente, os Países Baixos armazenavam 51% do ouro em Nova York, mas decidiram trazê-lo de volta para o país. Agora, a maior parte está na Holanda, com alguns volumes em Londres e Ottawa. Uma espécie de “voto de desconfiança” nos EUA.

Por que o Reino Unido é tão especial?

Embora o Banco da Inglaterra tenha apenas cerca de 310,3 toneladas de ouro (posição 16 no ranking mundial), ele é responsável por guardar aproximadamente essa quantidade de ouro de outros países — ou seja, é uma espécie de “guardião do ouro mundial”. Essa é uma demonstração de poder. Muitos países armazenam seu ouro em cofres subterrâneos em Londres.

Por outro lado, há complicações: quando a Venezuela tentou recuperar seu ouro, o Reino Unido demorou a devolver. O mesmo aconteceu com a Romênia. Essas disputas de ouro refletem as tensões políticas internacionais.

A lógica por trás de tudo

A verdade sobre as reservas de ouro dos bancos centrais é simples: desconfiança nas moedas fiduciárias e uma volta aos ativos tangíveis. Os EUA têm mais de 8.000 toneladas, a Rússia está aumentando rapidamente suas reservas, a China mantém um mistério, e outros países também acumulam ouro como uma forma de votar: “Dólar? Talvez não. Ouro? Nunca sai de moda.”

Essa movimentação é semelhante ao conceito de “descentralização” no mundo das criptomoedas — ambos usam ativos reais para evitar depender de um único centro de poder.

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