O sistema tradicional de pagamentos transfronteiriços está a ser abalado por uma nova força — lentidão, custos elevados e processos complexos. Estas dores de cabeça estão a ser resolvidas, uma a uma, pelas stablecoins.
A ambição do dólar digital
A USDC (USD Coin), emitida pela Circle e indexada ao dólar, evoluiu de uma experiência marginal para uma infraestrutura disputada por instituições financeiras tradicionais. Em termos simples, é um dólar digital na blockchain — 1 USDC ≈ 1 dólar, com transferências em segundos, 24/7.
Comparemos:
Transferência bancária tradicional: 3-5 dias, comissão de 25-50 dólares
Transferência USDC cross-chain: em menos de 10 minutos, comissão <1 dólar
Não se trata apenas de números. O essencial é que a USDC tem reservas reais em dólares (auditadas mensalmente), o que a torna uma opção de nível institucional.
O sinal de entrada dos grandes players
A ação da Visa diz tudo. Este gigante global dos pagamentos não só integrou a USDC e a EURC (stablecoin em euros), como também as disponibilizou nas blockchains Stellar, Avalanche, Ethereum e Solana. Ou seja, a Visa está a mostrar ao mercado, com ações, que as stablecoins não são o futuro — são o presente.
Ainda mais relevante é a colaboração piloto entre a Circle e a Visa — processamento direto de pagamentos USDC através da infraestrutura Visa Direct. Se for lançada oficialmente em 2026, isto significa que poderá enviar stablecoins diretamente através de plataformas como Alipay ou PayPal.
O ponto crítico da clareza regulatória
As regras são o jogo. A lei GENIUS dos EUA impõe requisitos rígidos às stablecoins: 100% de reservas + divulgação mensal. Parece uma restrição, mas na prática é uma validação — os utilizadores podem finalmente confiar.
O quadro MiCAR da UE vai ainda mais longe, traçando o caminho para a operação das stablecoins em mercados regulados. Segundo dados, se o quadro regulatório se consolidar, o mercado de stablecoins deverá atingir 1,2 biliões de dólares até 2028.
O efeito dominó da aceitação institucional
O movimento da Finastra é crucial. Este gigante fintech integrou a USDC na plataforma Global PAYplus, que processa pagamentos transfronteiriços no valor de 5 biliões de dólares por dia. Assim que a opção de pagamento em stablecoin estiver disponível, milhares de bancos e instituições financeiras poderão utilizá-la diretamente.
O Deutsche Börse Group está a avançar com integrações semelhantes na Europa, aproveitando o quadro MiCAR para trazer a USDC/EURC para mercados formalmente regulados.
Isto não é um pequeno ensaio — é uma reescrita das fundações da infraestrutura financeira.
A evolução da stack tecnológica
A Circle está a desenvolver a sua própria blockchain, Arc, otimizada para pagamentos. A lógica é clara: para ser infraestrutura de pagamentos, não se pode depender totalmente do design genérico das blockchains públicas.
A aposta multi-chain da Visa segue a mesma lógica — não é um jogo de cadeia única, mas sim de cobertura de todo o ecossistema.
Mas há obstáculos reais
Barreiras técnicas para pequenas instituições: As grandes estão a avançar, mas os custos de integração para pequenas e médias instituições financeiras continuam elevados
Adoção lenta em mercados emergentes: O quadro regulatório é relativamente claro nos países desenvolvidos, mas a maioria dos países do mundo ainda está à espera para ver
Baixa compreensão do mercado: O utilizador comum ainda não percebe por que razão deve usar stablecoins em vez de transferências via app tradicional
O significado do momento
2026 é um ano chave — o piloto da Circle e da Visa deverá chegar ao mercado. Se tudo correr bem, será o ponto de viragem para a migração das finanças tradicionais para a blockchain. As instituições financeiras que agora estão hesitantes poderão ser obrigadas a acompanhar.
A lógica é simples: custos mais baixos + maior velocidade + funcionamento 24/7. Esta combinação é uma vantagem esmagadora no setor financeiro.
Aviso: Este conteúdo destina-se apenas a fins informativos e não constitui aconselhamento de investimento. Embora as stablecoins sejam relativamente estáveis, continuam a ser ativos cripto e apresentam risco de mercado. Tome decisões de acordo com a sua tolerância ao risco.
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
A revolução dos pagamentos com stablecoins: como o USDC está a remodelar o ecossistema das transacções transfronteiriças
O sistema tradicional de pagamentos transfronteiriços está a ser abalado por uma nova força — lentidão, custos elevados e processos complexos. Estas dores de cabeça estão a ser resolvidas, uma a uma, pelas stablecoins.
A ambição do dólar digital
A USDC (USD Coin), emitida pela Circle e indexada ao dólar, evoluiu de uma experiência marginal para uma infraestrutura disputada por instituições financeiras tradicionais. Em termos simples, é um dólar digital na blockchain — 1 USDC ≈ 1 dólar, com transferências em segundos, 24/7.
Comparemos:
Não se trata apenas de números. O essencial é que a USDC tem reservas reais em dólares (auditadas mensalmente), o que a torna uma opção de nível institucional.
O sinal de entrada dos grandes players
A ação da Visa diz tudo. Este gigante global dos pagamentos não só integrou a USDC e a EURC (stablecoin em euros), como também as disponibilizou nas blockchains Stellar, Avalanche, Ethereum e Solana. Ou seja, a Visa está a mostrar ao mercado, com ações, que as stablecoins não são o futuro — são o presente.
Ainda mais relevante é a colaboração piloto entre a Circle e a Visa — processamento direto de pagamentos USDC através da infraestrutura Visa Direct. Se for lançada oficialmente em 2026, isto significa que poderá enviar stablecoins diretamente através de plataformas como Alipay ou PayPal.
O ponto crítico da clareza regulatória
As regras são o jogo. A lei GENIUS dos EUA impõe requisitos rígidos às stablecoins: 100% de reservas + divulgação mensal. Parece uma restrição, mas na prática é uma validação — os utilizadores podem finalmente confiar.
O quadro MiCAR da UE vai ainda mais longe, traçando o caminho para a operação das stablecoins em mercados regulados. Segundo dados, se o quadro regulatório se consolidar, o mercado de stablecoins deverá atingir 1,2 biliões de dólares até 2028.
O efeito dominó da aceitação institucional
O movimento da Finastra é crucial. Este gigante fintech integrou a USDC na plataforma Global PAYplus, que processa pagamentos transfronteiriços no valor de 5 biliões de dólares por dia. Assim que a opção de pagamento em stablecoin estiver disponível, milhares de bancos e instituições financeiras poderão utilizá-la diretamente.
O Deutsche Börse Group está a avançar com integrações semelhantes na Europa, aproveitando o quadro MiCAR para trazer a USDC/EURC para mercados formalmente regulados.
Isto não é um pequeno ensaio — é uma reescrita das fundações da infraestrutura financeira.
A evolução da stack tecnológica
A Circle está a desenvolver a sua própria blockchain, Arc, otimizada para pagamentos. A lógica é clara: para ser infraestrutura de pagamentos, não se pode depender totalmente do design genérico das blockchains públicas.
A aposta multi-chain da Visa segue a mesma lógica — não é um jogo de cadeia única, mas sim de cobertura de todo o ecossistema.
Mas há obstáculos reais
O significado do momento
2026 é um ano chave — o piloto da Circle e da Visa deverá chegar ao mercado. Se tudo correr bem, será o ponto de viragem para a migração das finanças tradicionais para a blockchain. As instituições financeiras que agora estão hesitantes poderão ser obrigadas a acompanhar.
A lógica é simples: custos mais baixos + maior velocidade + funcionamento 24/7. Esta combinação é uma vantagem esmagadora no setor financeiro.
Aviso: Este conteúdo destina-se apenas a fins informativos e não constitui aconselhamento de investimento. Embora as stablecoins sejam relativamente estáveis, continuam a ser ativos cripto e apresentam risco de mercado. Tome decisões de acordo com a sua tolerância ao risco.