Fonte: CriptoTendencia
Título Original: Devconnect ARG: Vitalik Buterin quer uma Internet privada e global para todos
Link Original:
A Devconnect ARG está a deixar um sinal claro: o Ethereum está a redescobrir as suas raízes.
Num mundo onde a vigilância digital, os bloqueios estatais e a rastreabilidade absoluta se normalizam, Vitalik Buterin voltou ao palco para insistir em algo que o ecossistema por vezes esquece: a missão original da Web3 não é tornar as transações mais rápidas nem inflacionar preços. É garantir que a Internet continue a ser um espaço livre, acessível e verdadeiramente privado para qualquer pessoa no mundo.
A sua conversa com Roger Dingledine, cofundador do Tor, foi a parte mais ideológica – e talvez mais transcendental – de toda a semana. Não houve hype, não houve preço, não houve marketing. Houve um aviso e um roteiro.
A privacidade não é um extra: é um direito humano que se está a evaporar
Vitalik começou sem rodeios:
“A privacidade tem sido um direito humano durante milhares de anos, sustentado por limites naturais na capacidade de vigiar. Mas no mundo digital tudo isso mudou.”
E a mensagem torna-se urgente. O ecossistema cripto nasceu para resolver um problema que hoje é muito maior do que há 15 anos: a capacidade de estados e corporações para registar, correlacionar e vigiar praticamente tudo.
Durante anos, o Ethereum avançou na descentralização, escalabilidade e segurança. Mas agora procura algo mais profundo: que nenhum utilizador tenha de revelar o seu IP, os seus padrões de leitura, nem o trajeto completo dos seus movimentos on-chain só por usar a rede.
A visão é clara: que o Ethereum funcione sem expor a vida digital do utilizador.
Tor + Ethereum: uma frente unida contra censura e vigilância
Dingledine expôs o outro lado do problema:
A censura já não acontece só na camada das aplicações (bloqueio de transações), mas sim na camada de rede. Alguns países já bloqueiam serviços como o Tor. Quanto falta para bloquearem o Ethereum?
Sem privacidade na rede, não há Web3 que sobreviva.
Vitalik resumiu assim:
É preciso proteger as transações antes de saírem do dispositivo.
É preciso ocultar os padrões de leitura e consultas a nós.
É preciso garantir que os validadores possam operar a partir de qualquer lugar do mundo sem serem detetados.
E é preciso aceitar que o Ethereum não será a cadeia mais rápida, porque a prioridade é resistir.
Por isso o plano é “torificar” todo o stack:
✔ Carteiras
✔ RPC
✔ Broadcasting de transações
✔ Aplicações
✔ Leitura da blockchain
✔ Nós validadores
O Ethereum não quer uma “função de privacidade”. Quer uma infraestrutura privada por defeito.
Uma Internet mais livre precisa de mais nós, mais diversidade e mais colaboração
Dingledine deixou o aviso:
Se o Ethereum começar a depender fortemente do Tor, também deve ajudar a fortalecer o Tor. Caso contrário, um ataque ou bloqueio estatal poderia afetar ambos.
Vitalik concordou e até abriu a porta a integrar relays nos próprios setups onde corre um validador. Um nó que valide o Ethereum e reforce o Tor ao mesmo tempo. Uma sinergia que hoje não existe em nenhuma outra rede global.
O objetivo em 1-2 anos:
Carteiras com privacidade real, verificável e não apenas declarada.
Conetividade resistente a bloqueios estatais.
Utilizadores protegidos em cada interação.
Validadores difíceis de detetar.
E um ecossistema mais resiliente perante a geopolítica que se avizinha.
O objetivo em 5 anos: uma Internet onde a Web3 não seja uma alternativa underground, mas sim o padrão natural para se ligar sem se expor.
A Devconnect ARG revelou a versão mais política e mais humana do Ethereum
A mensagem de Vitalik foi tão técnica quanto filosófica. A privacidade já não é um luxo intelectual. É a base para que o Ethereum continue a ser útil num mundo que se torna cada vez mais hostil à liberdade digital.
Em Buenos Aires, o Ethereum deixou um aviso: se a rede quer ser a “luz que fica quando todas as outras luzes se apagam”, deve construir infraestrutura que não dependa de permissões, geografias nem intermediários.
E o mais importante: essa infraestrutura deve proteger as pessoas mesmo quando elas não sabem que precisam disso.
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Devconnect ARG: Vitalik Buterin quer uma Internet privada e global para todos
Fonte: CriptoTendencia Título Original: Devconnect ARG: Vitalik Buterin quer uma Internet privada e global para todos Link Original: A Devconnect ARG está a deixar um sinal claro: o Ethereum está a redescobrir as suas raízes.
Num mundo onde a vigilância digital, os bloqueios estatais e a rastreabilidade absoluta se normalizam, Vitalik Buterin voltou ao palco para insistir em algo que o ecossistema por vezes esquece: a missão original da Web3 não é tornar as transações mais rápidas nem inflacionar preços. É garantir que a Internet continue a ser um espaço livre, acessível e verdadeiramente privado para qualquer pessoa no mundo.
A sua conversa com Roger Dingledine, cofundador do Tor, foi a parte mais ideológica – e talvez mais transcendental – de toda a semana. Não houve hype, não houve preço, não houve marketing. Houve um aviso e um roteiro.
A privacidade não é um extra: é um direito humano que se está a evaporar
Vitalik começou sem rodeios:
“A privacidade tem sido um direito humano durante milhares de anos, sustentado por limites naturais na capacidade de vigiar. Mas no mundo digital tudo isso mudou.”
E a mensagem torna-se urgente. O ecossistema cripto nasceu para resolver um problema que hoje é muito maior do que há 15 anos: a capacidade de estados e corporações para registar, correlacionar e vigiar praticamente tudo.
Durante anos, o Ethereum avançou na descentralização, escalabilidade e segurança. Mas agora procura algo mais profundo: que nenhum utilizador tenha de revelar o seu IP, os seus padrões de leitura, nem o trajeto completo dos seus movimentos on-chain só por usar a rede.
A visão é clara: que o Ethereum funcione sem expor a vida digital do utilizador.
Tor + Ethereum: uma frente unida contra censura e vigilância
Dingledine expôs o outro lado do problema:
A censura já não acontece só na camada das aplicações (bloqueio de transações), mas sim na camada de rede. Alguns países já bloqueiam serviços como o Tor. Quanto falta para bloquearem o Ethereum?
Sem privacidade na rede, não há Web3 que sobreviva.
Vitalik resumiu assim:
Por isso o plano é “torificar” todo o stack:
✔ Carteiras
✔ RPC
✔ Broadcasting de transações
✔ Aplicações
✔ Leitura da blockchain
✔ Nós validadores
O Ethereum não quer uma “função de privacidade”. Quer uma infraestrutura privada por defeito.
Uma Internet mais livre precisa de mais nós, mais diversidade e mais colaboração
Dingledine deixou o aviso:
Se o Ethereum começar a depender fortemente do Tor, também deve ajudar a fortalecer o Tor. Caso contrário, um ataque ou bloqueio estatal poderia afetar ambos.
Vitalik concordou e até abriu a porta a integrar relays nos próprios setups onde corre um validador. Um nó que valide o Ethereum e reforce o Tor ao mesmo tempo. Uma sinergia que hoje não existe em nenhuma outra rede global.
O objetivo em 1-2 anos:
O objetivo em 5 anos: uma Internet onde a Web3 não seja uma alternativa underground, mas sim o padrão natural para se ligar sem se expor.
A Devconnect ARG revelou a versão mais política e mais humana do Ethereum
A mensagem de Vitalik foi tão técnica quanto filosófica. A privacidade já não é um luxo intelectual. É a base para que o Ethereum continue a ser útil num mundo que se torna cada vez mais hostil à liberdade digital.
Em Buenos Aires, o Ethereum deixou um aviso: se a rede quer ser a “luz que fica quando todas as outras luzes se apagam”, deve construir infraestrutura que não dependa de permissões, geografias nem intermediários.
E o mais importante: essa infraestrutura deve proteger as pessoas mesmo quando elas não sabem que precisam disso.