Hoje, as A-shares chinesas dispararam subitamente com um grande aumento de volume, mas, na verdade, os especialistas já tinham percebido o sinal há algum tempo — foi aberto o acesso ao capital das seguradoras!

O regulador ajustou discretamente dois parâmetros, que parecem bastante técnicos: para as ações que compõem o CSI 300 e o CSI Dividend Low Volatility 100, detidas durante 3 anos, o fator de risco foi reduzido de 0,3 para 0,27; para as ações ordinárias do STAR Market, detidas durante 2 anos, o fator de risco baixou de 0,4 para 0,36. O que significa isto?

Simplificando: as companhias de seguros que compram estas ações de qualidade já não precisam de reservar tanto “capital de provisão para risco”.

Vejamos um exemplo. Antes, ao comprar 1 milhão em blue chips do CSI 300 (por exemplo, ações bancárias), com um fator de risco de 0,3, era necessário reservar 300 mil como fundo de reserva; agora, só precisam de 270 mil, e os 30 mil restantes podem ser reinvestidos. No STAR Market é ainda mais notório — um investimento de 1 milhão exigia uma reserva de 400 mil, agora bastam 360 mil, liberando diretamente 40 mil em capital disponível.

O essencial resume-se a uma frase: ao aliviar as exigências de capital de provisão para risco, as seguradoras podem investir mais dinheiro no mercado de ações, o que representa uma injeção de liquidez tangível para as A-shares!

Mas afinal, quanto capital real pode isto libertar? Vamos fazer as contas: até ao final do terceiro trimestre de 2025, o volume total investido por seguros de vida e seguros de bens em ações e fundos é de 5,59 biliões. Excluindo a parte dos fundos, o saldo puro de investimentos em ações é de 3,62 biliões. Com o antigo fator de risco de 0,3, seriam necessários 1,08 biliões em reservas; com a nova política, apenas 0,98 biliões — só esta medida liberta 100 mil milhões de capital imediatamente disponível para investir!

O efeito de propagação mais importante vem depois. Agora que o capital das seguradoras foi flexibilizado, será que o fundo de pensões, a segurança social e a gestão de património dos bancos vão adotar medidas semelhantes? Se esta cadeia se abrir, o potencial de crescimento posterior é enorme.

Por que motivo lançar este “trunfo” precisamente agora? Basta olhar para o volume de transações recente — o mercado precisava urgentemente de liquidez para estabilizar, e o capital das seguradoras sempre foi o “lastro” das A-shares. Este ajustamento preciso das reservas foi como uma dose de adrenalina para o mercado, e é a principal razão para o forte aumento de volume e preços de hoje!