A reunião do Federal Reserve em 10 de dezembro está prestes a acontecer, sendo o catalisador para uma grande volatilidade no mercado cambial. De acordo com os dados da ferramenta FedWatch do CME, a probabilidade de o Federal Reserve cortar a taxa de juros em 25 pontos base atingiu 87,2%, exercendo pressão evidente sobre o dólar.
Os dados da semana passada já enviaram sinais: os dados de emprego ADP de novembro nos EUA caíram inesperadamente, com uma redução de 32 mil empregos em um mês, a maior desde março de 2023. Ao mesmo tempo, o índice de preços PCE de setembro mostrou uma desaceleração na tendência de aumento da inflação, reforçando ainda mais as expectativas do mercado de uma redução de juros.
A questão-chave é: além do tamanho do corte, a postura do Federal Reserve em relação ao caminho futuro de cortes de juros é o verdadeiro foco de atenção do mercado.
O euro pode aproveitar a oportunidade para uma recuperação? Como os investidores devem encarar
Na semana passada, o euro/dólar subiu 0,36%, enquanto o índice do dólar caiu 0,50%. A lógica por trás dessa movimentação é clara — as expectativas de corte de juros pressionaram o dólar, enquanto o euro teve uma oportunidade de respirar.
No entanto, para determinar se o euro vale a pena comprar, o ponto crucial está na linguagem do dot plot do Federal Reserve em dezembro:
Se o dot plot indicar mais de duas reduções de juros até 2026 ou divulgar planos de compra de títulos que excedam as expectativas do mercado, isso será visto como um sinal dovish, o que pode pressionar o dólar ainda mais e favorecer a continuidade da alta do euro/dólar. Nessa situação, o euro se torna atraente.
Por outro lado, se o dot plot indicar apenas uma redução de juros em 2026, juntamente com uma postura hawkish de Jerome Powell, o mercado reavaliará a força relativa do dólar, e o euro/dólar poderá enfrentar pressão de correção.
No aspecto técnico, o euro/dólar quebrou a média móvel de 100 dias, o RSI continua em alta, e o momentum de alta ainda é forte. Os próximos objetivos de alta estão em 1,18 e na máxima anterior de 1,1918; se houver uma retração após o avanço, os suportes estão na média de 21 dias em 1,1593 e na mínima anterior de 1,1491.
Expectativa de valorização do iene dispara, mas o aumento real não corresponde às expectativas
O dólar/iene caiu 0,53% na semana passada, impulsionado por dois fatores: as expectativas de corte de juros do Federal Reserve que pressionaram o dólar, e as expectativas de aumento de juros do Banco do Japão que dispararam.
Segundo a Reuters, o governo japonês já sinalizou tolerância a um aumento de juros pelo Banco do Japão, além do sinal hawkish do governador Ueda, levando o mercado a avaliar a probabilidade de um aumento em dezembro em cerca de 90%. Teoricamente, o aumento de juros deveria valorizar o iene, mas a realidade é diferente — o dólar/iene permanece próximo de 155, com uma valorização muito menor do que o esperado.
Isso reflete uma realidade econômica mais profunda: a diferença de taxas de juros reais de longo prazo (taxa nominal de longo prazo menos a inflação) é difícil de diminuir rapidamente.
Por um lado, com o apoio fiscal expansionista do governo de Fumio Kishida, a inflação doméstica continuará elevada; por outro, o mercado espera que o Banco do Japão aumente juros apenas uma vez até 2026. Esses fatores limitam o potencial de valorização do iene.
As opiniões das instituições financeiras sobre o futuro do iene divergem claramente. Mizuho Securities projeta o dólar/iene em 158 até o final de 2026, enquanto Nomura Securities aponta para 140. Essa diferença de mais de 20 pontos reflete a divergência de expectativas sobre a evolução das taxas de juros entre Japão e EUA.
Perspectivas técnicas e recomendações de negociação para a próxima semana
Euro/dólar: já quebrou uma importante média móvel, se o Federal Reserve sinalizar dovish, a probabilidade de subir até 1,18 aumenta; se o sinal for hawkish, deve-se ficar atento ao suporte em 1,1593.
Dólar/iene: após romper a média de 21 dias, o momentum de queda pode se intensificar, com 153 sendo um suporte importante; se retornar acima da média de 21 dias, há maior chance de uma recuperação até 157.
O foco desta semana está na decisão de juros do Federal Reserve e no progresso das negociações entre Rússia e Ucrânia. Como o Banco Central Europeu já entrou na fase final do ciclo de cortes de juros, o caminho de redução de juros do Fed terá impacto relativamente maior sobre o euro/dólar. Os investidores devem ficar atentos à linguagem de Jerome Powell, especialmente às indicações sobre o número de cortes de juros em 2026.
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Decisão do Federal Reserve iminente, o euro e o iene podem romper?【Perspectiva de câmbio】
Destaques desta semana
A reunião do Federal Reserve em 10 de dezembro está prestes a acontecer, sendo o catalisador para uma grande volatilidade no mercado cambial. De acordo com os dados da ferramenta FedWatch do CME, a probabilidade de o Federal Reserve cortar a taxa de juros em 25 pontos base atingiu 87,2%, exercendo pressão evidente sobre o dólar.
Os dados da semana passada já enviaram sinais: os dados de emprego ADP de novembro nos EUA caíram inesperadamente, com uma redução de 32 mil empregos em um mês, a maior desde março de 2023. Ao mesmo tempo, o índice de preços PCE de setembro mostrou uma desaceleração na tendência de aumento da inflação, reforçando ainda mais as expectativas do mercado de uma redução de juros.
A questão-chave é: além do tamanho do corte, a postura do Federal Reserve em relação ao caminho futuro de cortes de juros é o verdadeiro foco de atenção do mercado.
O euro pode aproveitar a oportunidade para uma recuperação? Como os investidores devem encarar
Na semana passada, o euro/dólar subiu 0,36%, enquanto o índice do dólar caiu 0,50%. A lógica por trás dessa movimentação é clara — as expectativas de corte de juros pressionaram o dólar, enquanto o euro teve uma oportunidade de respirar.
No entanto, para determinar se o euro vale a pena comprar, o ponto crucial está na linguagem do dot plot do Federal Reserve em dezembro:
Se o dot plot indicar mais de duas reduções de juros até 2026 ou divulgar planos de compra de títulos que excedam as expectativas do mercado, isso será visto como um sinal dovish, o que pode pressionar o dólar ainda mais e favorecer a continuidade da alta do euro/dólar. Nessa situação, o euro se torna atraente.
Por outro lado, se o dot plot indicar apenas uma redução de juros em 2026, juntamente com uma postura hawkish de Jerome Powell, o mercado reavaliará a força relativa do dólar, e o euro/dólar poderá enfrentar pressão de correção.
No aspecto técnico, o euro/dólar quebrou a média móvel de 100 dias, o RSI continua em alta, e o momentum de alta ainda é forte. Os próximos objetivos de alta estão em 1,18 e na máxima anterior de 1,1918; se houver uma retração após o avanço, os suportes estão na média de 21 dias em 1,1593 e na mínima anterior de 1,1491.
Expectativa de valorização do iene dispara, mas o aumento real não corresponde às expectativas
O dólar/iene caiu 0,53% na semana passada, impulsionado por dois fatores: as expectativas de corte de juros do Federal Reserve que pressionaram o dólar, e as expectativas de aumento de juros do Banco do Japão que dispararam.
Segundo a Reuters, o governo japonês já sinalizou tolerância a um aumento de juros pelo Banco do Japão, além do sinal hawkish do governador Ueda, levando o mercado a avaliar a probabilidade de um aumento em dezembro em cerca de 90%. Teoricamente, o aumento de juros deveria valorizar o iene, mas a realidade é diferente — o dólar/iene permanece próximo de 155, com uma valorização muito menor do que o esperado.
Isso reflete uma realidade econômica mais profunda: a diferença de taxas de juros reais de longo prazo (taxa nominal de longo prazo menos a inflação) é difícil de diminuir rapidamente.
Por um lado, com o apoio fiscal expansionista do governo de Fumio Kishida, a inflação doméstica continuará elevada; por outro, o mercado espera que o Banco do Japão aumente juros apenas uma vez até 2026. Esses fatores limitam o potencial de valorização do iene.
As opiniões das instituições financeiras sobre o futuro do iene divergem claramente. Mizuho Securities projeta o dólar/iene em 158 até o final de 2026, enquanto Nomura Securities aponta para 140. Essa diferença de mais de 20 pontos reflete a divergência de expectativas sobre a evolução das taxas de juros entre Japão e EUA.
Perspectivas técnicas e recomendações de negociação para a próxima semana
Euro/dólar: já quebrou uma importante média móvel, se o Federal Reserve sinalizar dovish, a probabilidade de subir até 1,18 aumenta; se o sinal for hawkish, deve-se ficar atento ao suporte em 1,1593.
Dólar/iene: após romper a média de 21 dias, o momentum de queda pode se intensificar, com 153 sendo um suporte importante; se retornar acima da média de 21 dias, há maior chance de uma recuperação até 157.
O foco desta semana está na decisão de juros do Federal Reserve e no progresso das negociações entre Rússia e Ucrânia. Como o Banco Central Europeu já entrou na fase final do ciclo de cortes de juros, o caminho de redução de juros do Fed terá impacto relativamente maior sobre o euro/dólar. Os investidores devem ficar atentos à linguagem de Jerome Powell, especialmente às indicações sobre o número de cortes de juros em 2026.