A moeda mais fraca do mercado mundial: por que essas moedas estão desvalorizadas?

As moedas em todo o mundo não têm o mesmo valor. Algumas têm taxas de câmbio muito altas em relação ao dólar americano, refletindo desafios económicos, instabilidade política ou má gestão da política monetária. Vamos ver quais são as moedas mais baratas do mundo e quais obstáculos os países enfrentam.

As moedas mais desvalorizadas do mundo: dados comparativos

Moeda País Taxa de câmbio para USD
Libra libanesa (LBP) Líbano 89.751,22 LBP/USD
Rial iraniano (IRR) Irã 42.112,50 IRR/USD
Dong vietnamita (VND) Vietname 26.040 VND/USD
Kip laosiano (LAK) Laos 21.625,82 LAK/USD
Rupia indonésia (IDR) Indonésia 16.275 IDR/USD
Sum Uzbek (UZS) Usbequistão 12.798,70 UZS/USD
Franco guineense (GNF) Guiné 8.667,50 GNF/USD
Guarani paraguaio (PYG) Paraguai 7.996,67 PYG/USD
Ariary malgaxe (MGA) Madagascar 4.467,50 MGA/USD
Franco burundês (BIF) Burundi 2.977,00 BIF/USD

Libra libanesa (LBP): A moeda mais depreciada

O Líbano enfrenta a crise económica mais grave da história moderna. A libra libanesa perdeu mais de 90% do seu valor no mercado negro nos últimos anos. As principais razões incluem instabilidade política, colapso do sistema bancário e falta de receitas de exportação. O país não pagou dívidas em 2020, e a inflação de três dígitos continua.

Rial iraniano (IRR): Resultado de sanções e tensões

O rial iraniano é a segunda moeda mais barata do mundo. Isso deve-se às sanções económicas prolongadas, tensões geopolíticas contínuas e forte dependência das exportações de petróleo. A instabilidade política, o risco nuclear e o isolamento do mercado global fizeram a economia do país encolher, levando à contínua perda de valor do rial.

Dong vietnamita (VND): Gestão de câmbio controlada

Apesar do sucesso económico, o dong vietnamita permanece uma das moedas mais baratas do mundo. A política de câmbio flutuante gerida pelo banco central ajuda a economia, mas também enfraquece a moeda intencionalmente para aumentar a competitividade dos produtos exportados. Essa estratégia tem sido eficaz, pois o Vietname mantém superávit comercial e aproveita o mercado interno.

Laos, Tailândia, Indonésia: Ásia do Sudeste vulnerável

O kip laosiano (LAK), a 21.625 por dólar, reflete uma economia pouco desenvolvida na região. Laos depende muito da agricultura, com pouca diversificação industrial e investimentos estrangeiros limitados.

A rupia indonésia (IDR), a 16.275 por dólar, apesar de ser uma das maiores economias da Ásia, ainda enfraquece devido à forte dependência de commodities e às intervenções frequentes do banco central.

Usbequistão, Guiné, Paraguai: Economias pequenas, crises grandes

O som uzbeque (UZS) e o franco guineense (GNF) são moedas de países que dependem de recursos naturais e controlam rigidamente as taxas de câmbio. O Uzbequistão começou reformas há cerca de 15 anos, mas a inflação e o controle estatal limitam o crescimento.

A Guiné enfrenta instabilidade política, corrupção e infraestrutura precária, o que impede a valorização do franco guineense.

O guarani paraguaio (PYG), diferente de outras moedas, é de um país pequeno que depende da exportação de produtos agrícolas, especialmente soja. A instabilidade do mercado faz o guarani ser altamente volátil.

Madagascar e Burundi: Os países mais pobres do mundo

Ariary malgaxe (MGA), em Madagascar, está a 4.467 por dólar. O país depende do turismo, agricultura e exportação de recursos naturais, mas sofre com desastres naturais e instabilidade política.

O franco burundês (BIF), a 2.977 por dólar, é uma das moedas mais baratas nesta lista. Burundi é um dos países mais pobres do mundo, enfrentando déficits comerciais crônicos, fome e instabilidade. A ajuda internacional é fundamental para sustentar a economia.

Principais fatores que levam à desvalorização das moedas

Inflação é o inimigo número um. Países com alta inflação veem suas moedas perderem valor, pois a demanda por elas diminui e investidores estrangeiros buscam ativos mais seguros.

Instabilidade política é um sinal de alerta. Conflitos, má governança, regimes autoritários ou inadimplência afastam investidores, levando à fuga de capitais.

Dependência de commodities e exportações torna as moedas vulneráveis às oscilações de preços. Quedas no petróleo, metais ou produtos agrícolas prejudicam a economia e a moeda.

Falta de investimento estrangeiro reduz o fluxo de capitais, diminuindo a demanda interna por moeda.

Política monetária mal conduzida, incluindo impressão excessiva de dinheiro, incerteza e má gestão da dívida pública, também enfraquecem a moeda.

A moeda mais fraca do mundo é um indicador da saúde económica do país. Quanto mais a moeda se desvaloriza, mais evidenciam-se os desafios económicos e a fragilidade das instituições financeiras nacionais.

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