O crescimento do PIB dos EUA no terceiro trimestre foi de 4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, e isso virou notícia por um tempo, mas qual é a validade desses números? Em resumo, eles simplesmente ampliaram a taxa de crescimento trimestral para uma taxa anualizada — é só um jogo de dados. Além disso, o governo ficou parado por mais de 40 dias no quarto trimestre, e ainda há revisões por vir; por isso, já é prematuro falar em uma "recuperação robusta".

O interessante é que o mercado de ações dos EUA reagiu à divulgação do PIB com queda. A razão é simples: quanto melhor os dados econômicos, mais justificativa o Federal Reserve tem para manter a política de juros inalterada, e os investidores temem que a expectativa de corte de juros não se concretize. Como resposta, um líder do Fed se pronunciou, com uma lógica ainda mais direta — uma economia forte deveria continuar a reduzir significativamente as taxas de juros, acelerando o crescimento, enquanto a questão da inflação fica para depois.

Essa lógica soa absurda, mas o mercado já está ensaiando essa cena. O RMB offshore se aproxima da marca de 7,01, e romper os 7 não é mais uma hipótese distante. Em setembro do ano passado, a taxa de câmbio chegou perto de 6,9, e só após o Fed mudar de rumo, desacelerar os cortes e reiniciar o aperto quantitativo, o RMB começou a se recuperar. A situação atual parece familiar: se o nível de 7,0 for perdido, a tendência de depreciação pode se consolidar a partir daí.

Olhe para o desempenho das commodities — ouro, prata e cobre atingiram máximas históricas. Ao mesmo tempo, o ciclo do Ethereum e do Bitcoin também começa a se movimentar. 2025 pode ser apenas um aperitivo, enquanto 2026 será a hora do prato principal.

Números podem ser maquiados, mas tendências não mentem. No jogo da liquidez global desenfreada, alguns já revelaram suas cartas.