A decisão do banco central provoca oscilações cambiais e altera o cenário de mercado
Na semana passada, o mercado cambial apresentou volatilidade frequente. O índice do dólar subiu 0,22%, o iene caiu ligeiramente 0,01%, mas a moeda mais fraca foi o euro, que caiu 0,40% face ao dólar, enquanto o dólar australiano subiu 0,9% contra a tendência. Por trás desta ajustamento, está a influência da decisão do banco central.
Em 14 de setembro, o Banco Central Europeu anunciou a sua decisão de taxa de juros, mantendo o aumento de 25 pontos base, mas a declaração subsequente transmitiu sinais de mudança de direção ao mercado. Os responsáveis do banco central indicaram claramente que o nível da taxa de referência já atingiu um patamar sustentável, sugerindo que o ciclo de aumento de juros chegou ao fim. Esta mudança pressionou o euro.
Revisão para baixo das perspetivas económicas, contraste entre EUA e Europa
Para agravar a situação, o BCE também reviu para baixo as perspetivas económicas para os próximos três anos. O crescimento do PIB de 2023 foi ajustado de 0,9% para 0,7%, para 2024 de 1,5% para 1%, e para 2025 de 1,6% para 1,5%. Ao mesmo tempo, a inflação foi revista para cima — espera-se que a inflação na Europa atinja 3,2% em 2024 (anteriormente 3,0%), o que indica uma desaceleração do crescimento económico com preços ainda elevados, surgindo riscos de estagflação.
Em contraste, os dados económicos dos EUA continuam fortes. As vendas a retalho de agosto aumentaram 0,6% em relação ao mês anterior, muito acima da previsão de 0,1%; ao mesmo tempo, o índice de preços ao produtor (PPI) cresceu 1,6% em termos anuais, também acima da previsão de 1,3%. A força da economia mantém o dólar a valorizar-se continuamente.
Quando o euro/dólar atingirá o fundo? Sinais técnicos indicam
No dia 14 de setembro, o euro/dólar caiu 0,8% num único dia, atingindo uma nova baixa. Do ponto de vista técnico, a taxa de câmbio quebrou o suporte anterior e continua a operar numa tendência de baixa. No entanto, é importante notar que o RSI está próximo da zona de sobrevenda, o que sugere uma possível recuperação de curto prazo.
O foco desta semana está na reunião do Federal Reserve. Se o banco central dos EUA emitir sinais dovish, o euro/dólar poderá experimentar uma oportunidade de recuperação técnica. A médio prazo, o risco de recessão na Europa continua a aumentar, enquanto o crescimento nos EUA permanece robusto, e esta divergência fundamental continuará a pressionar a cotação do euro/dólar. A resistência prevista para esta semana é em 1.077, e o suporte em 1.060.
Dólar/iene: a política do banco central é uma variável-chave
O movimento do iene também merece atenção. Na semana passada, o dólar/iene oscilou inicialmente para baixo e depois recuperou, influenciado inicialmente por declarações hawkish do governador do Banco do Japão, Ueda Kazuo, mas posteriormente voltou a subir. Os responsáveis do banco central esclareceram que as declarações do governador não representam sinais de política, apenas uma reafirmação de que as decisões devem ponderar vários riscos.
No entanto, o Banco do Japão ainda reconhece uma forte tendência inflacionária, o que pode levar a uma revisão para cima das perspetivas de inflação trimestral em outubro. O economista-chefe da Deutsche Securities prevê que o Banco do Japão terminará a política YCC em outubro, e possivelmente encerrará o regime de juros negativos em janeiro do próximo ano.
Apesar disso, o governo japonês já diminuiu a urgência de intervir para valorizar o iene. Do ponto de vista das exportações, receitas de operações no exterior e investimentos, manter o iene fraco é benéfico para a economia japonesa como um todo. Assim, o banco central e o Ministério das Finanças tendem a preferir intervenções verbais para evitar uma rápida valorização do iene que possa gerar riscos de fluxo de capitais.
Perspetivas para esta semana: reuniões de bancos centrais influenciam as taxas de câmbio
Na sexta-feira desta semana, o Banco do Japão anunciará a sua decisão de taxa de juros de setembro, com expectativas de que a política não será alterada. Simultaneamente, a reunião do Federal Reserve será outro gatilho importante para o dólar/iene. Se o dólar/iene ultrapassar rapidamente o nível de 148, as autoridades japonesas poderão novamente intervir verbalmente.
Do ponto de vista técnico, o dólar/iene permanece acima da média móvel de 21 dias, com sinais de alta mais fortes, mas o indicador MACD mostra uma luta entre forças de compra e venda, com risco de reversão. Prevê-se que o dólar/iene oscile em alta na semana, com resistência em 148,5 e suporte em 146,5.
Pontos importantes para os investidores acompanharem
Na previsão do movimento do euro, o desempenho dos fundamentos económicos continuará a ser o principal fator de precificação, com a continuação da expansão da diferença de crescimento entre Europa e EUA a pressionar negativamente o euro. Quanto ao dólar/iene, é fundamental acompanhar as orientações de política do Federal Reserve e do Banco do Japão, bem como possíveis intervenções das autoridades japonesas. Ambos os pares de moedas aguardam sinais claros das reuniões dos bancos centrais nesta semana.
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Após a decisão do BCE, por que o euro/dólar continua a cair? O rumo da taxa de câmbio depende destes pontos
A decisão do banco central provoca oscilações cambiais e altera o cenário de mercado
Na semana passada, o mercado cambial apresentou volatilidade frequente. O índice do dólar subiu 0,22%, o iene caiu ligeiramente 0,01%, mas a moeda mais fraca foi o euro, que caiu 0,40% face ao dólar, enquanto o dólar australiano subiu 0,9% contra a tendência. Por trás desta ajustamento, está a influência da decisão do banco central.
Em 14 de setembro, o Banco Central Europeu anunciou a sua decisão de taxa de juros, mantendo o aumento de 25 pontos base, mas a declaração subsequente transmitiu sinais de mudança de direção ao mercado. Os responsáveis do banco central indicaram claramente que o nível da taxa de referência já atingiu um patamar sustentável, sugerindo que o ciclo de aumento de juros chegou ao fim. Esta mudança pressionou o euro.
Revisão para baixo das perspetivas económicas, contraste entre EUA e Europa
Para agravar a situação, o BCE também reviu para baixo as perspetivas económicas para os próximos três anos. O crescimento do PIB de 2023 foi ajustado de 0,9% para 0,7%, para 2024 de 1,5% para 1%, e para 2025 de 1,6% para 1,5%. Ao mesmo tempo, a inflação foi revista para cima — espera-se que a inflação na Europa atinja 3,2% em 2024 (anteriormente 3,0%), o que indica uma desaceleração do crescimento económico com preços ainda elevados, surgindo riscos de estagflação.
Em contraste, os dados económicos dos EUA continuam fortes. As vendas a retalho de agosto aumentaram 0,6% em relação ao mês anterior, muito acima da previsão de 0,1%; ao mesmo tempo, o índice de preços ao produtor (PPI) cresceu 1,6% em termos anuais, também acima da previsão de 1,3%. A força da economia mantém o dólar a valorizar-se continuamente.
Quando o euro/dólar atingirá o fundo? Sinais técnicos indicam
No dia 14 de setembro, o euro/dólar caiu 0,8% num único dia, atingindo uma nova baixa. Do ponto de vista técnico, a taxa de câmbio quebrou o suporte anterior e continua a operar numa tendência de baixa. No entanto, é importante notar que o RSI está próximo da zona de sobrevenda, o que sugere uma possível recuperação de curto prazo.
O foco desta semana está na reunião do Federal Reserve. Se o banco central dos EUA emitir sinais dovish, o euro/dólar poderá experimentar uma oportunidade de recuperação técnica. A médio prazo, o risco de recessão na Europa continua a aumentar, enquanto o crescimento nos EUA permanece robusto, e esta divergência fundamental continuará a pressionar a cotação do euro/dólar. A resistência prevista para esta semana é em 1.077, e o suporte em 1.060.
Dólar/iene: a política do banco central é uma variável-chave
O movimento do iene também merece atenção. Na semana passada, o dólar/iene oscilou inicialmente para baixo e depois recuperou, influenciado inicialmente por declarações hawkish do governador do Banco do Japão, Ueda Kazuo, mas posteriormente voltou a subir. Os responsáveis do banco central esclareceram que as declarações do governador não representam sinais de política, apenas uma reafirmação de que as decisões devem ponderar vários riscos.
No entanto, o Banco do Japão ainda reconhece uma forte tendência inflacionária, o que pode levar a uma revisão para cima das perspetivas de inflação trimestral em outubro. O economista-chefe da Deutsche Securities prevê que o Banco do Japão terminará a política YCC em outubro, e possivelmente encerrará o regime de juros negativos em janeiro do próximo ano.
Apesar disso, o governo japonês já diminuiu a urgência de intervir para valorizar o iene. Do ponto de vista das exportações, receitas de operações no exterior e investimentos, manter o iene fraco é benéfico para a economia japonesa como um todo. Assim, o banco central e o Ministério das Finanças tendem a preferir intervenções verbais para evitar uma rápida valorização do iene que possa gerar riscos de fluxo de capitais.
Perspetivas para esta semana: reuniões de bancos centrais influenciam as taxas de câmbio
Na sexta-feira desta semana, o Banco do Japão anunciará a sua decisão de taxa de juros de setembro, com expectativas de que a política não será alterada. Simultaneamente, a reunião do Federal Reserve será outro gatilho importante para o dólar/iene. Se o dólar/iene ultrapassar rapidamente o nível de 148, as autoridades japonesas poderão novamente intervir verbalmente.
Do ponto de vista técnico, o dólar/iene permanece acima da média móvel de 21 dias, com sinais de alta mais fortes, mas o indicador MACD mostra uma luta entre forças de compra e venda, com risco de reversão. Prevê-se que o dólar/iene oscile em alta na semana, com resistência em 148,5 e suporte em 146,5.
Pontos importantes para os investidores acompanharem
Na previsão do movimento do euro, o desempenho dos fundamentos económicos continuará a ser o principal fator de precificação, com a continuação da expansão da diferença de crescimento entre Europa e EUA a pressionar negativamente o euro. Quanto ao dólar/iene, é fundamental acompanhar as orientações de política do Federal Reserve e do Banco do Japão, bem como possíveis intervenções das autoridades japonesas. Ambos os pares de moedas aguardam sinais claros das reuniões dos bancos centrais nesta semana.